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Secretaria de Saúde está atenta à Febre do Oropouche

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    Vigilância em Saúde está trabalhando por toda a Cidade, mas população também precisa evitar criadouros do mosquito maruim.
Publicada em: 11 de Março de 2025 - 09h23 Por: Departamento de Jornalismo - ASCOM
Vigilância em Saúde está trabalhando por toda a Cidade, mas população também precisa evitar criadouros do mosquito maruim. Foto: ASCOMTI

Com o aumento dos casos no País, a Secretaria de Saúde de Rio das Ostras está atenta ao combate à Febre do Oropouche. A Coordenadoria de Vigilância em Saúde esclarece a população sobre sintomas, prevenção e tratamento da doença, causada pelo mosquito Culicoides Paraensis, popularmente conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.

Semelhante à dengue, a transmissão também ocorre por meio de fêmeas infectadas de insetos vetores.

Em Rio das Ostras, até o momento, foram registrados três casos confirmados da doença.

“A Prefeitura está atenta e preparada. Já mantemos um trabalho de rotina de combate às arboviroses: o carro fumacê segue atuando nas localidades e a Vigilância cobre toda a Cidade, por meio da ação dos Agentes de Combate a Endemias – ACEs. O Município também se programou para oferecer o atendimento adequado e já adquiriu mais cadeiras de hidratação, caso haja necessidade. No entanto, para combatermos o mosquito transmissor da Febre do Oropouche, o papel da população é primordial”, lembra a coordenadora da Vigilância em Saúde, Nirvana Braga.

SINTOMAS – Os sintomas são parecidos com os da dengue: febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, calafrios, fotofobia, tontura, dor atrás dos olhos, náusea, vômito e diarreia.

TRATAMENTO – Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento dos sintomas e acompanhamento médico. O diagnóstico é realizado de forma clínica e laboratorial.

De acordo com a Secretaria de Saúde, deve haver uma atenção especial às gestantes, considerando evidências de transmissão vertical (da mãe para o filho). Devido à semelhança com a dengue, deve-se evitar o uso de anti-inflamatórios e manter-se hidratado desde a suspeita de infecção.

A Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Saúde, ainda reforça a importância da notificação dos casos suspeitos.

PREVENÇÃO – As medidas de prevenção recomendadas são:

  • Usar roupas que cubram bem o corpo e repelentes corporais para evitar picadas e espantar os mosquitos;
  • Não acumular água parada, removendo possíveis criadouros;
  • Manter limpo terrenos e locais de criação de animais e recolha folhas e frutos que caem no solo;
  • Instalar telas de malha fina em portas e janelas.
  • Procurar atendimento médico em caso de sintomas suspeitos,
  • Evitar áreas onde estejam ocorrendo transmissões, especialmente locais de mata e beira de rios.

PAPEL DA POPULAÇÃO – Assim como na prevenção a outras arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, a população tem um papel fundamental no combate ao mosquito maruim.

O que os moradores devem fazer:

  • Deixar as lixeiras bem tampadas.
  • Colocar areia nos pratos de plantas.
  • Recolher e acondicionar o lixo do quintal.
  • Limpar as calhas.
  • Cobrir piscinas.
  • Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários.
  • Limpar a bandeja externa da geladeira.
  • Limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação.
  • Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado.
  • Cobrir bem a cisterna.
  • Cobrir bem todos os reservatórios e caixas d’água

 

DÚVIDAS FREQUENTES

Quais são as estratégias de controle desse vetor?

Para controlar a população do vetor é preciso eliminar os criadouros. No caso do maruim, o ideal é remover o substrato onde ele se reproduz. Por exemplo, se temos um quintal, devemos limpar o terreno, não deixando folhas e cascas de frutas caídas no chão ou outra matéria orgânica em decomposição. Isso pode reduzir a proliferação do inseto naquele local.

Por que o maruim pica?

Os maruins adultos, machos e fêmeas, se alimentam do néctar de plantas. Somente as fêmeas picam seres humanos e animais, pois precisam de sangue para amadurecimento dos ovos.

Qual a origem desse inseto e onde ele é encontrado?

O Culicoides Paraensis, o maruim,  é, possivelmente, um inseto nativo das Américas. Atualmente, ele é encontrado na maior parte do continente americano, desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina. No Brasil, acredita-se que esteja presente em todos os estados, apesar de só ter sido efetivamente registrado em 15 estados até o momento.

Quais são as principais características desse inseto?

Todos os maruins são insetos muito pequenos. Medem cerca de 1,5 mm, podendo atingir 3 mm. Outra característica é a picada muito dolorosa. É um inseto que causa incômodo para a população quando há infestação.

Em que tipo de ambiente ele vive?

Em geral,  vive em florestas e em áreas rurais. No Norte do País, o maruim também é encontrado em áreas urbanas. Nas cidades da região amazônica, as áreas urbanas estão mais próximas das áreas silvestres e há essa urbanização do vetor. Em alguns municípios fora dessa região, vemos maruins em áreas urbanizadas próximas do ambiente rural.

Recentemente, temos indícios de  que  vem sendo encontrado em alguns centros urbanos do País. Ao que tudo indica, isso está ocorrendo em áreas onde houve modificação ambiental. Porém, é importante dizer que, até o presente, o maruim não é um vetor urbano, como o Aedes.

Onde o maruim se reproduz?

A fêmea do maruim procura locais com bastante matéria orgânica e umidade para depositar seus ovos. Nas florestas, troncos de árvore em decomposição, cascas de frutas caídas no chão, bromélias, beiras de riachos, folhagem do solo são os locais preferidos. Nos bananais, por exemplo, ela deposita os ovos no cepo da bananeira, parte do caule que fica quando a árvore é cortada para colheita da banana. Na área urbana, ela pode colocar ovos no quintal se houver qualquer tipo de matéria orgânica acumulada no chão.

Como é o ciclo de vida do maruim?

O ciclo de vida é parecido com o dos mosquitos. Nos criadouros, os ovos eclodem liberando as larvas que se alimentam da matéria orgânica. As larvas passam por quatro estágios de desenvolvimento, depois se tornam pupas, que não se alimentam e se transformam no inseto adulto. Portanto, é muito importante acabar com as larvas.

Quantos ovos a fêmea coloca?

Estudos sobre insetos do gênero Culicoides apontam que as fêmeas podem colocar de 30 a 450 ovos por postura, dependendo da espécie e da refeição sanguínea. Mas não há informação específica sobre C. Paraensis.

 

 

 

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